Na manhã desta quinta-feira, dia 23, servidores da Justiça Eleitoral da 33ª Zona Eleitoral se reuniram com Comando da Polícia Militar de Pedro Afonso e lideranças indígenas Krahô, com o objetivo de discutir sobre a segurança durante a eleição suplementar  nodo próximo dia 3 de dezembro.

A primeira reunião foi realizada na Aldeia Manoel Alves, distante oito quilômetros de Itacajá, onde estiveram presentes a chefe de cartório, Magna Regina, o analista judiciário do TRE-TO, Ateon Siqueira, o comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar em Pedro Afonso, Major Carlos Magno, o Capitão Aderlan, que comandará o policiamento antes e durante a eleição suplementar, além de outros policiais militares que atuarão na cobertura da eleição na região indígena.

O cacique da Aldeia Manoel Alves, Roberto Krahô, recebeu a equipe da Justiça Eleitoral e da Polícia Militar acompanhado de outras importantes lideranças indígenas, ocasião em que foi debatida a logística que está sendo implementada para garantir a segurança do processo de votação nas aldeias.

Em ambas as ocasiões, a chefe de cartório, Magna Regina, expôs o empenho que a Justiça Eleitoral dedica para garantir o exercício do voto de forma livre e consciente, impedindo a presença de qualquer tipo de pressão sobre os eleitores indígenas.

Ressaltou, com isso, que a parceria entre as lideranças indígenas e os policiais militares que atuarão nas aldeias é fundamental para que a eleição transcorra de forma tranquila e harmoniosa.

O líder indígena Getúlio Krahô, de 87 anos, demonstrou muita satisfação com o trabalho da Justiça Eleitoral, a forma com que essa justiça tem levado serviços e informações às aldeias, permitindo ao povo indígena o exercício da cidadania.

Na Aldeia Santa Cruz, a 30 quilômetros da sede do Município, o cacique Ariston argumentou que o grande problema nas eleições é a presença de pessoas estranhas que frequentam as aldeias na véspera e no dia da eleição. “Essas pessoas, que não são índios, não votam ou não trabalham nas aldeias e nem estão a serviço da Justiça Eleitoral, acabam interferindo no sossego do nosso povo, às vezes oferecendo presentes, fazendo pressão, e isso não é bom”.

Os comandantes militares ressaltaram que essa parceria é importante para o trabalho da polícia, pois os indígenas têm características especiais em razão da cultura, e que as lideranças locais devem orientar os eleitores sobre a importância do voto livre e consciente. Colocaram-se à disposição para atender qualquer ocorrência que prejudique a normalidade do pleito, principalmente quanto à presença, na véspera e no dia da eleição, de pessoas estranhas às comunidades indígenas ou ao trabalho da Justiça Eleitoral.

Com resultados positivos, os assuntos debatidos nas reuniões serão objeto de planejamento por parte do Cartório Eleitoral e da Polícia Militar, de forma a viabilizar uma atuação conjunta que venha a coibir as condutas incompatíveis com o processo democrático.

A Zona Eleitoral de Itacajá possui dois locais de votação na área indígena: Aldeia Manoel Alves Pequeno, com uma Seção e 270 eleitores, e Aldeia Santa Cruz, com 449 eleitores divididos em duas Seções.