Em oficinas etnias do Tocantins debatem participação no processo político eleitoral

Em oficinas etnias do Tocantins debatem participação no processo político eleitoral

Em oficinas etnias do Tocantins debatem participação no processo político eleitoral

O projeto de Inclusão Sociopolítico das Comunidades Indígenas, realizado pela Justiça Eleitoral do Tocantins, teve continuidade na manhã desta sexta-feira (16/3), no Anexo I do TRE-TO, com a realização das oficinas: Segurança nas Eleições, Diálogos entre Culturas e Inserção Política. O trabalho foi acompanhado pelo presidente do TRE-TO, desembargador Marco Villas Boas.

“Desde 2013 estamos trabalhando a conscientização dos povos indígenas do Tocantins ressaltando a importância da participação no processo eleitoral. Naquele ano, quando assumi a corregedoria eleitoral, tivemos o desafio de visitar as etnias e conhecer de perto a sua real necessidade. Percebemos a grande influência do não indígena nas aldeias nas vésperas das eleições, de certa forma trazendo uma influência negativa para o pleito. O que estamos propondo com esse projeto é justamente nos aproximar mais dessas comunidades para traçarmos ações efetivas para fortalecer o processo democrático e garantir a eles o pleno exercício dos seus direitos”, disse o presidente do TRE-TO, desembargador Marco Villas Boas.

Das oficinas foram colhidas informações sobre cada um dos temas propostos para a construção de plano de ação para as eleições 2018 e servirá como base de dados para a promoção de ações que visem à educação política dos povos indígenas.

O coordenador do projeto e juiz eleitoral da 13ª Zona Eleitoral de Cristalândia, Wellington Magalhães, explicou a importância do atual momento no processo político eleitoral. "Queremos abrir o canal do diálogo para construirmos um projeto em cima da realidade dos povos indígenas. Com as informações teremos condições de fazer um trabalho mais eficiente", afirmou.

Oficinas

A oficina Segurança nas Eleições foi mediada pelo juiz do Poder Judiciário de Roraima, Aluízio Ferreira de Almeida e o procurador da república no Tocantins e procurador regional eleitoral, Álvaro Manzano. A equipe abordou que precisa ter mais diálogo, pois ainda existem dificuldades com as forças armadas. Também foi registrada a necessidade de um trabalho específico de capacitação para os não índios, que precisam ter cuidado com a cultura e a língua. Na oficina os líderes indígenas ainda pediram orientação sobre as leis e direitos eleitorais.

"Também é importante a representatividade no processo eleitoral.  O TRE vai intermediar para evitar o ruído de comunicação entre os indígenas  e as instituições para que tenham confiança no processo eleitoral", destacou o juiz Aluízio Ferreira.

Representação Política

Nesta oficina os mediadores foram a antropóloga e doutoranda em indigenismo, Clarisse Drumond e o juiz eleitoral da 9ª ZE de Tocantinopolis, Helder Carvalho Lisboa, que explicou a importância de todos falarem o que pensam e tirarem suas dúvidas sobre legislação, composição partidária e candidaturas.

O cacique Roberto Krahô destacou que o evento vai promover a visibilidade dos direitos dos povos indígenas e que será uma oportunidade das pessoas os enxergarem com outros olhos.

 

Diálogos Interculturais

A terceira oficina foi mediada pelo professor e mestre em Linguística, Francisco Edwiges Albuquerque e pelo juiz eleitoral da 32ª ZE de Goiatins, Luatom Bezerra.

O cacique José Honi Karajá explicou sobre o respeito entre as culturas e a preservação da língua, que segundo ele é a identidade do seu povo. "Temos que nos unir. Valorizar nossa cultura para sermos respeitados", disse.

Encerramento

O Workshop termina na tarde desta sexta-feira, 16/3, com plenária onde serão levados ao conhecimento de todos o conteúdo dos debates das oficinas para traçar um plano de ação para as eleições 2018 e dar continuidade ao processo de educação política da sociedade.

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