Programa + Mulher + Democracia visa fortalecer e incentivar a participação ativa da mulher na política

Evento será desdobrado para todo o Estado

Programa + Mulher + Democracia  visa fortalecer e incentivar a participação ativa da mulher na p...
Roda de conversa com a Juíza Ângela Haonat, Graziela Reis, Maju Cotrim, Irisneide Ferreira e Narúbia Werreria (Foto: Lucas Nascimento - ASCOM -TRE-TO)

Discursos emocionantes e histórias de luta e superação marcaram o lançamento do Programa +Mulher +Democracia, na tarde desta terça-feira (11/6), no auditório do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), que estava lotado de mulheres de diversas instituições públicas, universidades, representantes políticas e partidárias e associações.

A abertura do evento contou com apresentação musical da servidora Mirian Moura que entoou as canções "Você Mulher", de Paula Fernandes e Maria, Maria, de Milton Nascimento. Confira todo o evento pelo canal: justicaeleitoralto

Em seguida, a Presidente em exercício e Vice-Diretora da Escola Judiciária Eleitoral Ministros Humberto Gomes de Barros, desembargadora Etelvina Sampaio apresentou os objetivos do projeto e como ele será desenvolvido no Estado. A desembargadora também apresentou um panorama da situação da mulher brasileira na política, enfocando os desafios para elas se inserirem de forma efetiva no processo eleitoral.

“Fortalecer a representatividade feminina é extremamente necessária quando pensamos nas lutas pelos direitos das mulheres em um contexto, no qual, ainda há muito preconceito e exclusão. Através da sensibilização das mulheres, levaremos as atividades do projeto Mais Mulher Mais democracia às diversas regiões do nosso Estado, a fim de promover um chamamento para que elas participem ativamente do processo democrático brasileiro”, disse.

A professora doutora Cynthia Mara Miranda, que leciona para o curso de jornalismo, na Universidade Federal do Tocantins, ministrou a palestra “Mulher e Participação Política no Tocantins” e fez abordagens sobre o contexto histórico atual. “Nós temos jornadas múltiplas que nos impedem de exercer atividades para além da casa, para além do trabalho”, destacou a palestrante ao citar as barreiras que a mulher precisa superar para ocupar os espaços de decisão política.

Roda de conversa

Para discutir melhor a inserção da Mulher na Política, uma roda de conversa formada por cinco mulheres deu o tom do evento. A juíza da Corte Eleitoral, Ângela Issa Haonat atuou como mediadora e ao iniciar os debates citou a importância de aproximar a Justiça Eleitoral da comunidade. “A Escola Judiciária Eleitoral será o instrumento que fará essa aproximação, levando informações e proporcionando instâncias para o debate, dando visibilidade às mulheres que desejam de fato participar da política”.

Em seguida, a advogada Graziela Reis, destacou que a primeira proposta para enfrentar a desigualdade é o autoconhecimento.  “Precisamos saber quem somos, por que tantas exclusões. Sem uma sociedade politizada, nós sequer percebemos se há exclusão”, avaliou.

A defensora pública e corregedora, Irisneide Ferreira, deu exemplos de como a mulher pode protagonizar mudanças em seu ambiente de trabalho, de forma sensível e eficiente.

Os desafios da mulher negra na política e no mercado de trabalho foram destacados pela jornalista Maria José Cotrim, que estimulou a cada uma das participantes a se tornarem protagonistas da sua história. “Nós mulheres negras, temos que romper essas barreiras que nos aprisionam e que nos impedem de assumir diariamente quem nós somos”.

Para finalizar a roda de conversa, a estudante de Direito Narúbia Werreria, emocionou os presentes ao contar a luta histórica dos povos indígenas pelo respeito, o acesso à educação de qualidade e políticas públicas voltadas às minorias.

“Nós indígenas já temos os piores índices na educação e na saúde, e para a mulher o acesso é ainda pior, pois sabemos na pele o que é ser índio no Brasil. Se hoje eu voto, se posso colocar meu nome à disposição é porque existiram mulheres que lutaram por isso, que deram o sangue por isso. E a minha geração, eu como mulher e jovem, me sinto responsável em permanecer nessa luta pelas futuras gerações”, defendeu.

 

Presentes

Também participaram do lançamento do programa +Mulher+Democracia, a Procuradora de Justiça, Vera Nilva Álvares Rocha Lira, que na ocasião representou a Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica; a Presidente do Sindicato dos Jornalistas do Tocantins, Alessandra Bacelar; a vereadora da Capital, Laudecy Coimbra; e as estudantes e professoras da Universidade da Maturidade (UFT).

 

Programa +Mulher +Democracia

O Programa foi instituído como ação permanente do TRE-TO, através da Resolução 444/2019, aprovada pela Corte Eleitoral, no dia 29 de abril de 2019.Com esta a ação, a Justiça Eleitoral do Tocantins tem o objetivo de despertar a consciência e a importância da participação efetiva da mulher na política.

Além disso, visa fortalecer a visão estratégica da instituição para a Educação Política da Sociedade e aproximar a comunidade dos serviços oferecidos pela Justiça Eleitoral, além de conscientizar as mulheres para o efetivo exercício dos seus direitos e deveres políticos.

 

 Lília Mara - ASCOM - TRE-TO

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