“Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”. A frase da filósofa e ativista estadunidense Angela Davis foi reiterada pela desembargadora Ângela Issa Haonat durante a abertura do debate “Colorismo: pretos, pardos e equidade no acesso ao serviço público”, evento promovido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) na tarde desta segunda-feira, 9, no auditório da sede em Palmas.

O debate conversou sobre os desafios de acesso às vagas reservadas pelas cotas raciais no serviço público e reafirmou o compromisso com a promoção da diversidade e da igualdade.

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O evento

A desembargadora Ângela Haonat, na abertura, trouxe um resumo sobre as leis brasileiras que consagram a dignidade da pessoa humana e que criminalizam todas as formas de discriminação, chamando a atenção para a não neutralidade do Poder Judiciário diante do racismo. “Ele é chamado, por dever constitucional, a aplicar os princípios da equidade, da dignidade e da igualdade real”, disse. “A abertura deste evento não é um mero ritual, é um ato político, pedagógico e transformador. Que possamos hoje, mais do que nunca, nos comprometer com a implementação efetiva da igualdade racial como valor fundante de nossas práticas profissionais e de nossas ações pessoais”, afirmou a magistrada.

Após a fala da desembargadora, a programação teve início com uma palestra do pesquisador Paulo Ewerton Silva Lima, que falou sobre o colorismo no Brasil e como ele se relaciona com as cotas raciais e os desafios da heteroidentificação. Em seguida, uma roda de conversa se reuniu com os debatedores: a servidora e gestora do Pacto de Equidade Racial do TRE-TO, Teresa Cristina da Silva de Oliveira, o servidor e membro da Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e do Assédio Sexual (CEA) do Tribunal, Dourival Alves dos Reis Filho, e os pesquisadores Jonathan Ribeiro e Maria Cotinha Bezerra Pereira.

Parcerias

O evento contou com a organização do servidor do TRE-TO, Dourival Alves dos Reis Filho, realizado em parceria com a Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat) do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), com o Programa de Pós-Graduação em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos (PPGPJDH) da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e com a Escola Judiciária Eleitoral (EJE/TO).

Objetivos Estratégicos:

3- Fomentar a educação política da sociedade

9- Aperfeiçoar a governança e a gestão de pessoas

Texto: Lanne Hadassa (Ascom/TRE-TO)

Fotos: Pablo Gabriel (estagiário Ascom/TRE-TO)

#ParaTodosVerem: A imagem mostra um evento institucional promovido pelo TRE-TO sobre colorismo e equidade no acesso ao serviço público. No palco, três pessoas participam de um painel e uma mulher discursa no púlpito, a desembargadora Ângela Haonat. O ambiente é formal, com destaque para o tema da inclusão racial e justiça social no serviço público.