Tendo como objetivo a formação política da sociedade para o pleno exercício da democracia, a Justiça Eleitoral do Tocantins levou à comunidade Xerente atividades educativas e simulação de votação nas urnas eletrônicas. A programação aconteceu nesta segunda-feira (20/5), na Aldeia Funil, em Tocantínia.

A ação faz parte do projeto de Inclusão Sociopolítica dos povos indígenas que passou a ser uma ação permanente do Tribunal, e contou com a participação de juízes eleitorais e equipe da Escola Judiciária Eleitoral Ministro Humberto Gomes de Barros.

“O dialogo intercultural é necessário num país multicultural como o Brasil, a democracia que precisamos construir é uma democracia de participação”, ressaltou o coordenador do projeto, Wellington Magalhães. Em sua fala, o magistrado fez uma breve explanação dos eixos temáticos do projeto e ressaltou o comprometimento da Justiça Eleitoral em promover a educação cidadã, incentivar a representatividade dos povos e garantir a segurança das eleições nas aldeias.

O juiz eleitoral, Luis Otávio de Queiroz Fraz, falou sobre a importância das lideranças indígenas escolherem representantes que se comprometam com a causa indígena e “que esteja integrado com a cultura indígena esclarecendo temas voltados aos direitos e deveres da legislação eleitoral”, destacou.

O cacique da aldeia Funil, Élcio Xerente, elogiou a iniciativa da Justiça Eleitoral pois muitos indígenas ainda não sabem usar a urna eletrônica, e essa orientação é muito importante. “Agora precisamos nos organizar politicamente para votar eleger um representante do nosso povo”, disse.

“Esse projeto é inédito no Brasil e, desde 2018 vem trazendo muito conhecimento para as comunidades indígenas, principalmente em regiões como essa, onde 80% do território do município são área indígena” avaliou o procurador federal da Funai Tocantins, Lusmar Soares Filho.

O evento contou ainda com a presença de professores indígenas, e representantes das aldeias Rio Verde e Aparecida.

Gabriela Almeida (ASCOM/TRE-TO)