TRE-TO fortalece a inclusão sociopolítica dos povos originários durante reunião de avaliação com lideranças indígenas
O encontro iniciou nesta quarta-feira, 22, e contou com a participação da ministra do TSE, Edilene Lôbo.
Mais de 13 mil atendimentos aos povos originários indígenas foram realizados no Tocantins ao longo do ano de 2023 pelo Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO). Os resultados alcançados foram destaque durante a abertura do “Fortalecendo Vozes: Reunião de Avaliação das ações de educação política em comunidades indígenas”, nesta quarta-feira, 22. O presidente do tribunal, desembargador João Rigo Guimarães, falou da importância do programa permanente de Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas nas aldeias tocantinenses para a democracia do estado.
“Graças a todos vocês, somente no ano passado foram mais de 13,2 mil atendimentos nas aldeias indígenas tocantinenses durante as atividades do programa”, destacou o desembargador João Rigo Guimarães. O encontro contou ainda com a participação da ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edilene Lôbo.
O encontro é parte do programa permanente de Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas e reúne diversas autoridades e lideranças indígenas das etnias Karajá, Javaé, Krahô, Xerente e Apinajé. A coordenação-geral dos programas permanentes é do ouvidor regional eleitoral, juiz José Maria Lima.
O presidente afirmou ainda que cada ação foi trabalhada para que os atendimentos fossem de acordo com a realidade e necessidade de cada aldeia em específico. “Com o apoio de todas as instituições parceiras, alguns indígenas utilizaram de mais de um serviço dentre os ofertados”.
Direitos garantidos
Com apresentações culturais, indígenas das etnias Javaé e Karajá fizeram parte da cerimônia de abertura. Na ocasião, o coordenador-geral dos programas permanentes do TRE-TO, o ouvidor e juiz, José Maria Lima, ressaltou o direito de cada cidadão de ser eleitor assim como ser representante político de sua comunidade. “Não estamos dando nada aos povos indígenas, nós temos o dever de reconhecer e auxiliá-los na defesa desses direitos e tenho certeza que esse evento é mais um elo de todo o trabalho nosso aqui”, declarou.
O juiz eleitoral Eustáquio de Melo, coordenador do programa, abordou sobre as injustiças aos grupos minoritários e que ações como essas são uma forma de reparação. “É uma alegria muito grande estar aqui nesta manhã. Vivemos um tempo de reparação histórica das minorias. Esse é um processo fundamental para corrigir as injustiças e desigualdades de muitos grupos minoritários”, pontuou.
Palestra magna
A palestra magna com o tema “Inteligência Artificial Aplicada às Eleições” foi ministrada pela ministra Edilene Lôbo. A magistrada participou de forma virtual e falou da evolução do conhecimento humano e a inclusão dos povos indígenas.
“Então percebam que a inteligência artificial se vale das informações que nós disponibilizamos para processar dados. Por exemplo, a inteligência artificial é a evolução do conhecimento humano para que ele possa desenvolver a inclusão das pessoas e a promoção da democracia, proporcionando a inclusão das comunidades indígenas. É fazer com que cada comunidade tenha uma urna eletrônica, por exemplo, para permitir a autonomia das comunidades indígenas e colher o voto nos territórios ", ressaltou a ministra do TSE.
Mesa de honra
Compuseram a mesa de honra a ministra do TSE, Edilene Lôbo, que participou de forma virtual; o presidente do TRE-TO, desembargador João Rigo Guimarães; o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), desembargador Silmar Fernandes; o coordenador geral dos programas permanentes do TRE-TO, juiz José Maria Lima; o coordenador do programa de Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas, juiz eleitoral Eustáquio de Melo; o titular da 3º Diretoria Adjunta no Conselho de Altos Estudos e Pesquisa Científica da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), juiz Wellington Magalhães; e a secretária dos Povos Originários do Tocantins, Narubia Werreria Karajá.
O presidente do TRE-SP, desembargador Silmar Fernandes, afirmou que iniciativas como essas conscientizam os povos originários sobre a importância de eleger seus representantes e de serem eleitos, sendo respeitados e levados em consideração nos espaços de decisão, assegurando as políticas públicas. “A representatividade é um dos mais importantes pilares da democracia, tanto que assegura para a sociedade que sua pluralidade de vozes, interesses e demandas, seja ouvida e considerada nas exceções políticas”, disse.
Fortalecendo Vozes: Reunião de Avaliação das ações de educação política em comunidades indígenas
O evento “Fortalecendo Vozes: Reunião de Avaliação das ações de educação política em comunidades indígenas” visa apresentar resultados, receber informações e mensurar a satisfação dos povos indígenas em relação às ações do Programa Permanente de Inclusão Sociopolítica.
A inclusão sociopolítica dos povos indígenas pressupõe diálogo e conhecimento dos obstáculos que prejudicam o exercício pleno da cidadania.
Continuação do evento
O evento é realizado por meio da Escola Judiciária Eleitoral do Tocantins (EJE-TO) em parceria com a Secretaria da Cultura (Secult) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
No período vespertino, o antropólogo da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Gustavo Hamilton Menezes, traz a apresentação do painel “As políticas públicas de incentivo às candidaturas dos cidadãos indígenas”. Logo às 16h será o painel “Os desafios de acesso à tecnologia pelos povos indígenas para o exercício da democracia”, ministrado pela professora doutora e representante indígena Paresi do Mato Grosso, Francisca Navantino.
A programação segue até quinta-feira, 23, com oficinas e apresentação de resultados.
Objetivos Estratégicos:
1- Aprimorar mecanismos de atendimento ao cidadão;
2- Aprimorar mecanismos de transparência pública;
3- Fomentar a educação política da sociedade
Rozeane Feitosa (Ascom/TRE-TO)