Novembro Negro: Justiça Eleitoral do Tocantins realiza evento sobre raízes, cultura e identidade

Neste mês da Consciência Negra, a iniciativa aproximou servidores e colaboradores das histórias e tradições negras tocantinenses.

Neste mês da Consciência Negra, a iniciativa aproximou servidores e colaboradores das histórias ...

Com música, saberes ancestrais e expressões da cultura afro-brasileira, a Justiça Eleitoral do Tocantins promoveu, nesta sexta-feira, 14, o “Encontro das Raízes: Consciência Negra e Cidadania”. A iniciativa, em alusão ao Novembro Negro, aproximou servidoras e servidores, colaboradoras e colaboradores do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) das histórias, tradições e identidades que moldam a presença negra no estado. 

O encontro aconteceu na sede do TRE-TO, em Palmas, com transmissão simultânea pelo Youtube, e trouxe reflexões, apresentações e exposições que destacaram a riqueza das manifestações culturais de matriz africana e sua influência na história do Tocantins.

Abertura do evento

Deu início à programação, a ouvidora regional eleitoral do Tocantins, juíza Silvana Maria Parfieniuk, convidada a conduzir a abertura oficial do evento. Presidente da Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e Sexual do TRE-TO, a magistrada destacou a importância da celebração da consciência negra no Tribunal.

“Nossa Comissão tem o propósito de garantir um ambiente de trabalho digno e seguro para todos. Mas, a dignidade só é plena quando há reconhecimento irrestrito do valor, da história e da identidade de cada indivíduo. O Dia da Consciência Negra é, portanto, um momento fundamental para reafirmar esse princípio”, afirmou a magistrada.

1/ Galeria de imagens

Saberes que atravessam gerações

Entre as convidadas, esteve a mestra Felisberta Pereira, benzedeira e autora do livro “A Mata que Cura”, que compartilhou sua vivência com as tradições de cura e sobre suas raízes. “Eu me conecto através do som do tambor, sempre digo que o tambor fala na nossa alma, ele nos liga com a nossa ancestralidade. Ser preto, ser branco, todos nós lutamos por um ideal. Lutamos para chegar em um lugar, e eu ainda acredito muito na união universal, de dar as mãos, caminhar de cabeça erguida e de falar sempre a verdade”, destacou Felisberta.

Na ocasião, a mestra também fez o lançamento da segunda edição do seu livro, que fala sobre plantas medicinais do cerrado, registra nomes, funções e possibilidades de cura do corpo, da mente e da alma. 

Vozes que ocupam espaços 

Na continuidade da programação, foi a vez da participação da educadora, produtora e ativista cultural, Verônica Tavares Albuquerque, idealizadora do Coletivo Tia Benvida, de Natividade. Também fundadora do Grupo de Suça Tia Benvinda, a educadora começou falando sobre a importância do povo negro ocupar os espaços. “Depois que a gente sabe quem a gente é, passamos por qualquer coisa, enfrentamos qualquer obstáculo e sabemos que o nosso lugar é onde a gente quiser estar”, disse Verônica. 

A força da suça no palco

Durante a exposição oral da ativista, o Grupo de Suça Tia Benvida, criado por ela em  2017, subiu ao palco do auditório. A suça é uma manifestação cultural marcada pelo canto, pela percussão e pelos movimentos, reunindo elementos de ancestralidade afro-brasileira, celebrando a resistência, o Divino Espírito Santo e a memória do povo negro no Tocantins. 

Entre uma das apresentações, Verônica destacou que a suça vai muito além dos ritmos e batuques dos tambores. “Quando você conhece os instrumentos e os versos da suça, você compreende melhor a cultura, porque a gente não apenas dança, a gente dança e canta a história de um povo, e que povo é esse? O povo do Tocantins. A gente dança a história tocantinense”, ressaltou ela.

A evocação da suça deu ritmo ao evento, levando o público a entrar na celebração. Muitos servidores e visitantes foram envolvidos pelos tambores, onde dançaram e vivenciaram de perto a força dessa expressão ancestral que faz parte da cultura tocantinense.

Exposições que contam histórias

Ao final do evento, o público presente participou de duas exposições: “A Arte da Construção de Tambores”, conduzida pelo mestre artesão Gercione Pereira da Silva, e “História e Memória do Ouro no Tocantins”, apresentada pelo ourives Valdomilson Patrício Pereira. As exposições evidenciaram a presença negra no artesanato e o papel dessas práticas na preservação cultural de Natividade e do Tocantins.

Justiça Eleitoral e a equidade racial 

O encerramento do encontro reforçou o propósito central da programação: manter viva a memória, celebrar a ancestralidade e fortalecer o compromisso com a equidade racial no âmbito da Justiça Eleitoral tocantinense. A atividade final convidou o público a refletir sobre a importância de reconhecer a contribuição histórica da população negra e de ampliar ações que promovam respeito, diversidade e inclusão em todos os espaços da sociedade.

Assista o evento na íntegra:

Objetivos Estratégicos:

3- Fomentar a educação política da sociedade

9- Aperfeiçoar a governança e a gestão de pessoas

Pablo Gabriel (estagiário Ascom/TRE-TO)

#ParaTodosVerem: A imagem é uma foto de um evento em um auditório fechado. No centro, há um palco com fundo de parede de madeira clara. No palco, várias pessoas, a maioria jovens e crianças, estão vestidas com camisas amarelas e saias ou calças brancas, apresentando-se em grupos.

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