Programa “60 Minutos” fortalece a gestão processual e promove aprendizado coletivo na Justiça Eleitoral do Tocantins
O encontro reuniu analistas, chefes de cartório, técnicos e colaboradores da Justiça Eleitoral tocantinense, e teve como objetivo trazer conscientização sobre o uso adequado do PJe

A Corregedoria Regional Eleitoral do Tocantins (CRE/TO) realizou, no dia 22 de maio de 2025, mais uma edição do programa “60 Minutos”, iniciativa voltada à qualificação técnica, gestão colaborativa e aprimoramento da prestação jurisdicional nas zonas eleitorais do estado. Com o tema “PJe e os Indicadores de Produtividade da Justiça Eleitoral”, o encontro reuniu chefes de cartório, analistas, técnicos e colaboradores da Justiça Eleitoral tocantinense, contando com a condução dos servidores José Machado dos Santos e Ateon Alves de Siqueira, bem assim, pelos integrantes do Núcleo de Apoio Processual (NAP), com apoio da equipe da CRE/TO.
A reunião teve como objetivo principal conscientizar os participantes sobre o uso adequado do PJe, a correta aplicação das Tabelas Processuais Unificadas (TPU), a observância aos prazos legais, e o lançamento padronizado dos movimentos processuais, com foco na melhoria dos principais indicadores de produtividade exigidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) — especialmente as Metas 1, 2 e 4, a Taxa de Congestionamento e o Índice de Atendimento à Demanda (IAD).
Durante o encontro, foi apresentado o painel de Business Intelligence (BI) da Corregedoria, atualizado diariamente, que permite às zonas eleitorais monitorarem, em tempo real, seus próprios indicadores. Destacou-se que o TRE-TO iniciou o ano com 7.190 processos pendentes e, em maio, esse número caiu para 1.971, representando uma redução de mais de 72% do acervo. O IAD do primeiro grau alcançou 97,3% e a Taxa de Congestionamento foi reduzida para 8,16%, números que refletem diretamente o esforço coletivo e a gestão por dados.
Ateon Alves de Siqueira detalhou os critérios de cada meta do CNJ, explicou a diferença entre os painéis do TRE-TO e do CNJ, e demonstrou como navegar nas ferramentas oficiais para acompanhar o desempenho local e nacional. O servidor também abordou tarefas transitórias do PJe, a necessidade de atenção com petições avulsas e o uso adequado das movimentações para “arquivo provisório” e “sobrestamento”, defendendo que, estatisticamente, ambas as situações têm efeito similar, mas a segunda é juridicamente mais adequada.
A reunião também foi marcada por momentos de diálogo franco entre os participantes. O servidor Antonio Fábio Santana, chefe de cartório, relatou as dificuldades enfrentadas em virtude da estrutura limitada e da alta demanda, pontuando a necessidade de melhorias no sistema PJe e de uma maior racionalização nas tarefas cotidianas. Sua manifestação foi acolhida com empatia pelos condutores do programa, que destacaram a importância do comprometimento, da superação e do aprendizado contínuo, mesmo diante dos desafios estruturais.
José Machado dos Santos reforçou a importância do uso estratégico dos dados para uma gestão eficaz e destacou que “o foco deve ser o conhecimento do estoque local para uma boa gestão, o que naturalmente atenderá ao CNJ”. Ele também incentivou a colaboração com o Ministério Público e a busca ativa por soluções consensuais nas zonas eleitorais.
O corregedor regional eleitoral, desembargador Adolfo Amaro Mendes, enfatizou o valor institucional do programa:
“O programa ‘60 Minutos’ consolida o compromisso da Corregedoria com a formação contínua, a escuta ativa e a valorização da expertise dos servidores da base. É nesse espaço de diálogo e cooperação que fortalecemos a Justiça Eleitoral e garantimos a excelência da nossa prestação jurisdicional.”
A CRE/TO segue promovendo o “60 Minutos” como um instrumento permanente de aprendizado coletivo, padronização de rotinas, compartilhamento de boas práticas e fortalecimento da atuação correcional orientadora, consolidando o Tocantins como referência em governança, inovação e desempenho no âmbito da Justiça Eleitoral.
Objetivos Estratégicos:
2- Aprimorar mecanismos de transparência pública.
4- Aprimorar mecanismos de gestão processual.
5- Priorizar o julgamento dos processos relativos à improbidade administrativa e aos ilícitos eleitorais.
7- Aperfeiçoar mecanismos de gestão do processo eleitoral.
8- Aperfeiçoar mecanismos de governança.
9- Aperfeiçoar a governança e a gestão de pessoas.
11- Prover transformação digital e inovações tecnológicas.
Texto: CRE/TO
#ParaTodosVerem: Imagem de uma videoconferência com diversos participantes, onde a tela principal mostra um painel estatístico sobre processos judiciais no sistema PJe, com dados do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins, destacam-se indicadores como o tempo médio entre o início do processo e a primeira baixa.