A cultura indígena é marcada por diversos significados e representada por meio da dança, do artesanato, adornos, pinturas, entre outros. E parte dessa rica diversidade cultural está exposta no evento “Fortalecendo Vozes: Reunião de Avaliação das ações de educação política em comunidades indígenas” que acontece nesta quarta e quinta-feira, 22 e 23 de maio, na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), em Palmas.

O artesanato feito de madeira, sementes, capim dourado, palha de buriti, penas, cabaça, cordão e tintas representa a história dos povos originários, sua identidade cultural e também crenças espirituais. Estão sendo comercializadas biojoias como brincos, pulseiras, colares, bolsas, cestas, adornos indígenas e tintas extraídas de plantas naturais.

Com 4.550 eleitoras e eleitores indígenas, o tribunal desenvolve ações fundamentais nas comunidades por meio do programa permanente de “Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas”, que garante o exercício da cidadania na prestação de serviços essenciais, como também o fortalecimento da democracia. Com coordenação-geral do juiz membro e ouvidor regional eleitoral do Tocantins, José Maria Lima, o evento de avaliação faz parte do programa.

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Divulgação da cultura

Moradora da Aldeia Mangabeira, da etnia Krahô, a indígena Maria Doralice Krahô destaca que vender o artesanato é uma forma de expandir a cultura e também mais uma fonte de renda. 

“Ao comprar nosso artesanato podemos falar da nossa tradição e a pessoa leva um produto com significados importantes. O dinheiro arrecadado nos ajuda no pagamento das nossas despesas. É a valorização da nossa arte”, destaca Maria Doralice.

Já o indígena Daniel Koxini Karajá, morador da Aldeia Fontoura, localizada no município de Lagoa da Confusão, fabrica peças em madeira e de coité. “Fazemos o maracá, que utilizamos para nossas apresentações, danças e cantos. Ele representa nossa força e na nossa cultura, o Aruanã”, explica Daniel.

Etnias

O Tocantins possui ao todo 18 etnias. Segundo o governo do estado, são elas: Xerente, Ixambioá, Krahô, Karajá, Apinajé, Javaé, Atikum, Fulni-Ô, Karajá Ixambioá, Tapirapé, Krahô Takaywrá, Tuxá, Awa, Guarani, Kanela, Krahô Kanela, Pankararu e Warao.

Abertura

A abertura aconteceu nesta quarta-feira, 22, no auditório do TRE-TO. Compuseram a mesa de honra a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edilene Lôbo, que participou de forma virtual; o presidente do TRE-TO, desembargador João Rigo Guimarães; o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), desembargador Silmar Fernandes; o coordenador geral dos programas permanentes do TRE-TO, juiz José Maria Lima; o coordenador do programa de Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas, juiz eleitoral Eustáquio de Melo; o titular da 3º Diretoria Adjunta no Conselho de Altos Estudos e Pesquisa Científica da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), juiz Wellington Magalhães; e a secretária dos Povos Originários do Tocantins, Narubia Werreria Karajá.

Apresentações culturais, palestras, paineis e oficinas integram a programação do evento, que irá mostrar resultados, receber informações das ações do projeto executadas em 2023 e mensurar a satisfação dos indígenas.

Parceria

O evento é realizado por meio da Escola Judiciária Eleitoral do Tocantins (EJE-TO) em parceria com a Secretaria da Cultura (Secult) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Objetivos Estratégicos:

1- Aprimorar mecanismos de atendimento ao cidadão;

2- Aprimorar mecanismos de transparência pública;

3- Fomentar a educação política da sociedade

Thaise Marques (Ascom/TRE-TO)